Tenho 43 anos. 21 deles trabalhando como fotógrafa. Desde os 6 “escrevinhando”.
Com um amor enorme pelo ser humano e pela natureza, faço registros documentais fotográficos, escrevo reportagens e conto histórias em imagens, vídeos, textos ou tudo junto.
Para mim, o mundo e as pessoas são materiais para observação, admiração e aprendizado. Não me canso nunca de me espantar com o novo e achar o novo até no velho.
Adoro ouvir histórias contadas com paixão, um bom prato de comida, vinho, ler debaixo de uma árvore sob o barulho dos pássaros e me surpreender com paisagens inesperadas pelos caminhos por onde passo. Meu maior bem querer é minha filha, Maya, de 9 anos e tudo que vem junto com a maternidade, tudo que aprendo com ela, os papos por aí, os livros que lemos e danças no meio da sala. Outros bem-quereres incluem minha família, meus queridos amigos, bichos, plantas e música, muita música sempre.
Depois do nomadismo pela América do Sul (nos seguintes países: Chile, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina e Uruguai), e morar um tanto em Nova Iorque, passei 6 anos na Serra da Mantiqueira. Dei aulas. Criei galinhas. Me separei. Voltei para São Paulo e São Paulo para mim é casa. Estou num recomeço de muita coisa e reencontros com tantas outras e continuações, sempre.
Meu blog tem uma amostra do que venho fotografando e escrevendo e, claro, alguns dos trabalhos que executei nos últimos tempos.
Em 2019, acrescentei o nome Steola, da minha avó, ao meu nome. Passei a assinar Elaine Steola, ao invés do Elaine Santana que sempre usei profissionalmente.
Contato: elainesteola@gmail.com
Publicações:
Rede Brasil Atual, Outras Palavras, Modern Drummer, Rap News, Jornalirismo, Revista Raça Brasil, Chicago Tribune, Shift Book, Atlantic Records 60th Anniversary, What We Saw Dialects, UOL
Locais de Exposição:
São Paulo, São Caetano, Pingyao (China), Itália (itinerante), Frankfurt (Alemanha), Nova Iorque (EUA), Angkor (Cambodia), Bolívia
Estágios:
Atlantic Records (Warner Music Group) – 2008/2009
Civitella Ranieri Foundation – 2008/2009
Assistência a Fotógrafos:
Andrew Zaeh, Paulo Fridman e Lahcene Bahri
Cursos:
Fotografia (Senac) – 2022 – em curso
Fotojornalismo e Fotografia Documental (ICP – International Center of Photography) – 2007/2008
Artes Visuais (Faculdade de Belas Artes) – 2005/2006
Fotografia (Escola Panamericana de Arte) – 2003/2004
Letras (USP – Universidade de São Paulo) – 1999/2003
Oi Caíque,
Eu estou realmente apaixonada pela Bolívia, ou melhor, pelo que vi até agora.
La Paz tem, ao mesmo tempo, algo de cidade grande, e características únicas, diferentes de qualquer outra cidade que eu já tenha visto, tem uma cultura local, boliviana, que é super presente, as pessoas, os carros, o ritmo…. Ih, eu ficaria horas aqui escrevendo… melhor mesmo escrever depois um post sobre o assunto. :)
Dois dias atrás, me perdi andando pelas ruas cheias de curvas, morro acima, morro abaixo, super mal sinalizadas, daí, chegou uma hora, que estava tão perdida, que acabei desistindo do que eu ia fazer e me perdi mais, de propósito, tão admirada com a cidade, vendo a cordilheira ao fundo, o céu limpo, poucas nuvens, as construções, as pessoas.
Ainda não fotografei nada aqui. Gosto de chegar num lugar e admirá-lo e conhecê-lo antes de sair fotografando, mas vai ser divertido. Tem tanta coisa legal que ontem eu estava pensando que mesmo que saia perguntando para cada pessoa se posso fotografá-la e receber um monte de não, ainda assim, vou ter material para publicar pro resto da vida. :)
Beijão!
Elaine
Oi Elaine,
Passamos somente dois dias em Lima. O nosso principal objetivo era Machu Picchu, mas nos surpreendemos com a cidade, sobretudo seu centro histórico que à noite é muito bonito. A arquitetura colonial espanhola é marcante e a culinária é rica e saborosa. De lá, fomos a Cuzco que nos impressionou pelos vestígios da cultura inca, ainda muito presentes. O trajeto Cuzco – Machu Picchu fizemos em três partes: ônibus – trem – ônibus. Aí foi um deslumbramento só.
O Perú e a Bolívia talvez sejam os países que mais preservem a cultura nativa da América e, derrotados na guerra contra o Chile, perderam vastos e ricos territórios que contribuíram para empobrecê-los ainda mais, já que suas elites políticas, com os olhos voltados para o primeiro mundo, não cuidaram de suas riquezas econômica e cultural, ao contrário, sempre foram obstáculos à sua preservação e desenvolvimento.
É um país que, acredito, você irá gostar muito. Estou esperando suas fotos e textos relatando suas impressões que, certamente, serão muito mais profundas do que as minhas, pelo propósito de estudá-los com o qual você se imbuiu e tem realizado muito bem.
Boa sorte e um beijão também para você do
Carlos Henrique (Caíque)
Oi Carlos Henrique,
Com esta sua descrição, fiquei ainda com mais vontade de conhecer!! Dizem que o sul do Chile é liiiindo!
Nesta viagem, chegamos a cogitar ir para o sul, mas desistimos por causa das chuvas, então, resolvemos seguir para o norte, o que foi mesmo muito legal, apesar do frio à noite, e da secura do deserto. Nunca vi paisagens tão impressionantes. Foi até difícil ir embora do Chile, íamos ficar 1 mês e meio, acabamos ficando quase 3 meses.
E Lima, alguma dica? Estaremos no Peru brevemente em outubro, para encontrar um amigo e fazer junto com ele a Trilha Inca, depois retornamos para a Bolívia, queremos ainda explorar a amazônia boliviana e bem, a Bolívia toda, porque até agora, só ficamos mesmo em La Paz e vimos a estrada de Tambo Quemado até La Paz, que também é maravilhosa. Agora ambos estamos trabalhando à distância, o ritmo está mais lento e acho que teremos mais a sensação de viver mesmo em cada lugar que passamos. Já estou com esta sensação de 'morar' aqui em La Paz.
Beijão,
Elaine
Ok, Elaine. Vou sugerir duas cidades do sul do Chile que conheci e que você ainda não conhece: Puerto Varas e Frutillar
Puerto Varas – Cidadezinha de 30 mil habitantes, agradável e acolhedora, mais ou menos 1100 km a sul de Santiago. Pequeno balneário com um cassino muito frequentado.
Lá comemos um dos excelentes mariscos do mar do Chile: os choros zapatos como entrada e, em seguida, uma saborosa sopa, também de mariscos variados, no El Mercado, um restaurante simples cuja proprietária é uma senhora popular e simpática que os clientes tratavam por Lola, Lolita. Parece que é um tratamento carinhoso entre eles.
O Chile tem uma costa pacífica de 5 mil kms, economicamente bem explorada, por isso eles têm tantos frutos do mar que são a sua especialidade: salmões, centollas, picorocos, choros zapatos e outros para nós desconhecidos.
Duas coisas me agradaram muito no Chile: a culinária baseada em frutos do mar, sempre acompanhada com o vinho; e certa homogeneidade social. Eles dizem que conseguiram reduzir a pobreza a um percentual de 5%. Hoje, tenho minhas dúvidas, já que foi o país que adotou o neoliberalismo mais concentrador de renda do continente.
A Estrada Puerto Varas – Frutillar – Fomos de carro, sem pressa. Como na travessia dos lagos que também fizemos, avançava-se rumo à paisagens tão bonitas quanto as que íamos deixando para trás. Aqui e acolá parávamos para as fotos onde víamos fazendas de criação de salmão e de criação de gado leiteiro, estas são mais recentes por causa da instalação de uma fábrica da Nestlé.
Frutillar – A colônia alemã se instalou alí. É um lugar bem pequeno, mas muito bem cuidado onde acontecem festivais de música erudita. Há um monumento fazendo essa referência. Fica bem perto de Puerto Varas e, como esta, é banhada também pelo grande lago Llhanquihue e a estrada que as liga é um prazer para os olhos e para a alma, pelas belíssimas paisagens. Logo que chegamos, vimos um monumento erigido em homenagem aos fundadores alemães da cidade: Unsern Ahnen, Nossos Antepassados.
Espero que você possa ir até lá e acho que você vai gostar pela tranquilidade e beleza das paisagens.
Boa sorte e desejo melhoras em sua saúde.
Carlos Henrique.
Olá Elaine,
Descobri seu blog recentemente e agora acompanho a sua viagem pela América Latina, esse belo continente que me apaixonei desde minha primeira viagem ao Chile. Visitei parte dele: Buenos Aires, Mendoza, Bariloche, El Calafate, Santiago, Viñas del Mar, Valparaíso, Puerto Varas, Puerto Mont, Frutillar, Montevideo, Punta del Este, Lima, Machu Picchu, Cuzco, Bogotá, Cartagene del India, Panamá, todas cidades lindas, mas que muitos de nós, brasileiros, insistimos em olhar com desdém. Gostaria de parabenizá-la e agradecê-la por esse maravilhoso presente que é seu blog, seus textos e suas fotos. Tem sido um prazer imenso acompanhá-la nessa viagem. Já coloquei o link de seu blog no meu blog http://www.incasbr.blogspot.com para divulgá-lo entre meus amigos.
Um abraço, boa viagem e continue nos brindando com a sua arte.
Carlos Henrique
Puxa, Carlos, que legal que vc também viajou por todos estes lugares, não conheci muito o sul do Chile (ainda), mas quero conhecer no futuro, adoro Buenos Aires e Montevideo. Agora estou em La Paz, ainda me recuperando de uma super intoxicação alimentar.
Você podia me escrever umas dicas de alguns dos lugares pelos quais passou e eu ainda vou passar, hein?… :)
E brigada por linkar meu blog no seu. Dei uma 'chegadinha' nele hoje e gostei!
Beijão!
Acredito que voce e a Elaine Grazi Santana que trabalhou comigo ha muitos anos em outra vida… Parabens pela coragem, pelo caminho e pelo blog. Muito interessante. Estou seguindo. Um abraco, Gabriela
Oi Gabi,
Eu mesma! Outra vida! risos
Que legal que vc está seguindo o blog. Como encontrou?
Beijo,
Elaine