Comecei a fotografar mães enquanto morava e estudava aqui em Nova Iorque.
Nova Iorque é a cidade mais populosa dos EUA com mais de 8 milhões de pessoas, cerca de 36% de seus habitantes nasceu em outro país. Segundo a Wikipedia, mais de 800 idiomas diferentes são falados nesta cidade, tornando-a cidade com maior diversidade linguística do mundo.
Os retratos de mães com sua prole visava documentar justamente esta diversidade.
Mas meus dias de moradora nova iorquina acabaram antes que eu achasse que tinha terminado o projeto e voltei para o Brasil pensando que um dia ainda retornaria a NYC para finalizá-lo.
Agora, voltei para passar um mês. E retomo o projeto.
Para localizar qualquer uma das mulheres uso qualquer fonte disponível: publico numa lista local (craigslist), falo com amigos, posto no facebook, mando emails, ligo para pessoas. Demora, mas sempre aparece gente querendo participar.
Hoje vou finalmente fotografar Michelle, uma indiana que tem uma filhinha de 16 meses. E a partir de amanhã tenho outros retratos para fazer tambem.
Arrumando o equipamento hoje, preparando as cabeças de flash, difusores, câmera e filme, vou entrando no clima da sessão e vai me batendo esta alegria de saber exatamente porque escolhi ser fotógrafa, e porque apesar das dificuldades, frustrações, pessimismos ocasionais, inseguranças e conta cada vez mais vazia no banco, continuo fotografando: a poesia única que cada pessoa imprime em sua própria vida e que eu tenho a chance de presenciar. [easyrotator]erc_52_1345332012[/easyrotator]