A experiência na pequena cidade costeira de Huasco – pesqueira e produtora de oliveiras para azeitonas e azeite – se confunde com a experiência de conviver com Pipo, poeta e arquiteto que nos hospedou em sua casa, na zona rural de Huasco Bajo e que na primeira noite já nos recebeu com comida, amigos (Calu, Axel, Yuri), vinho, a arredia gata Picha e Patudo, cachorro intrometido que tentava com determinação, roubar a comida dos nossos pratos.
Nos dias seguintes Pipo nos levou para conhecer as praias próximas, a cidade de Freirina, o centro de Huasco para ver a festa de San Pedro, ao porto, nos indicou o melhor lugar para almoçar, para comprar créditos para nosso celular, e onde ficava uma lagoa maravilhosa, dois quilômetros para dentro de uma praia da região.
Pipo e sua alma poética, que toma o caminho mais longo para ver o mar por mais tempo antes de chegar ao trabalho. Calu que sabe rir como ninguém das agruras da vida. E a generosidade com que nos abriram as portas de suas casas, nos apresentaram seus amigos, falaram de seus trabalhos e dividiram conversas, gargalhadas, receitas e… tragos nos fizeram sair de Huasco com aquele sentimento de termos sido presentados com algo muito maior do que poderíamos expressar em palavras.
Na última noite, fizemos pizzas e taças levantadas, fizemos um brinde à viagem e aos ótimos momentos passados na companhia deles. No fim, Calu foi embora e Pipo nos levou até Vallenar, onde pegamos nosso ônibus para Calama, em direção a San Pedro de Atacama.
Abaixo, um dos poemas do Pipo.
Sobre el bla bla bla
Porque mis oídos son palco
cuando cuentan esas jovialidades,
que solo ellas saben contar
haciendo de la rutina
una noche de año nuevo;
entenderlas es una gran labor,
acumulado es el tiempo que tengo para aquello.
Rodolfo Arturo Santander Martin (Pipo)
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