A Artesania Sorata foi criada faz 28 anos. Inicialmente começou a funcionar na cidade de Sorata, na Bolívia, mas 10 anos atrás, mudou-se de mala e cuia para La Paz.
A primeira vez que li sobre ela foi na internet, quando fazia pesquisas sobre a Bolívia. Depois, uma amiga fotógrafa me colocou em contato com a Diane Bellomy, que administra o empreendimento. Comércio justo, empoderamento de mulheres locais, uso de técnicas amigáveis com o meio ambiente: fiquei muito feliz quando me contrataram para fazer a campanha deles, que inclui, além de fotos de moda, um trabalho documental que ainda não finalizei.
Foi uma semana de fotos, filmagens, entrevistas. Uma loucura. Loucura boa. As sessões de fotos com a Dana e a Carolina (participantes do programa de voluntariado da Artesania Sorata), com a Sofia e a Mirka (amigas do grupo), ainda que cansativas, foram divertidíssimas e super criativas. A produtora, Carly, fez um trabalho maravilhoso, reunindo acessórios e roupas para compor cada produção.
Foto de moda não é exatamente minha praia, especialmente porque lá por 2005, eu comecei a me dar conta deste modelo de beleza vendido por revistas e pela mídia em geral, e dos efeitos que ele tem na visão que meninas e mulheres têm de si mesmas e de seus corpos. Aliás, foi por isto que me afastei do mercado editorial e entrei de cabeça no mundo documental. Só que eu gosto muito da ideia de fotografar mulheres ‘normais’ e não modelos profissionais. E gosto de ter a liberdade de fotografar sem ter que fazer tratamentos mirabolantes nas fotos, sem ter que cortar aquilo que cada uma de nós, mulheres, temos de especial, aquilo que nos faz únicas.
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